Como gerar menos “lixo” em nosso dia-a-dia e ainda compostar?
Depois de lermos a pergunta acima muitas vezes surgem outras questões juntas como: Qual a diferença entre lixo, resíduos e rejeitos? Mas, o que mesmo é a compostagem? Não tenho espaço na minha casa, ou não tenho terra no meu quintal, ou moro em um apartamento, como posso compostar? Estas perguntas são perfeitas de serem feitas e iremos respondê-las ao longo deste artigo. Vamos juntos?!
A maioria fala em
lixo, outros chamam de resíduos e ainda têm os rejeitos, mas são
sinônimos?
A resposta é não, cada palavra tem o seu significado e
saber as diferenças pode te ajudar a ter uma outra visão
de como você administra as sobras do pós-consumo.
Lixo é tudo
aquilo que não se quer mais e joga “fora” mesmo
sabendo que o “fora” não existe, ou seja, ainda continuará no planeta Terra, porém “some”
de nossos olhos. Mas, muitos resíduos provenientes das nossas atividades
domésticas, industriais e comerciais chamadas de lixo podem ser
reaproveitados ou reciclados. Por isso, com a criação
desses processos passamos a chamar de resíduos tudo o que sobra de um produto
pós-consumo e que podemos agregar valor ou dar uma finalidade correta
reaproveitando ou reciclando estes resíduos sólidos. Para saber mais acesse: 1, 2 e 3.
Já o rejeito tem
a característica principal a impossibilidade de reaproveitamento ou reciclagem,
ou seja, quando todas as possibilidades foram esgotadas e não
houver solução final para o material ou parte dele.
Com isso, o encaminhamento deve ser feito para um aterro sanitário licenciado ambientalmente ou destinado à incineração, processos que devem ser feitos de
modo que não prejudique o meio ambiente. Apesar
desses termos serem constantemente confundidos nota-se que existem diferenças
entre eles, porém não se deve ficar
apenas nas divergências de significados, mas também como nós gerenciamos os nossos resíduos sólidos domésticos.
Confira aqui o infográfico de lixo X resíduo.
De acordo com o
Plano Nacional de Resíduos Sólidos “as pessoas físicas ou jurídicas, de direito
público ou privado, são responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de
resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou
ao gerenciamento de resíduos sólidos” (4). Ou seja, quando colocamos os
resíduos domésticos na lixeira somos responsáveis em saber e dar o destino
correto para os mesmos. No Brasil, são gerados cerca de 387 quilos de resíduos sólidos urbanos por
habitante ao ano, muitos destes vão para aterros sanitários, ruas e lixões, por
isso é de grande importância o gerenciamento de resíduos sólidos em casas,
apartamentos e condomínios.
De todo o
resíduo gerado, quase 32% é composto de material reciclável, ou seja, pode ser
reaproveitado e não destinado a aterros (5 e 6).
Para conhecer como fazer a gestão de resíduos em casa acesse: 8, 9, 10 e 11.
Os resíduos orgânicos,
que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, tem a
particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a
compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial. Além dessa
abrangência de escalas, a reciclagem de resíduos orgânicos
não
necessita de grandes exigências tecnológicas ou de equipamentos
para que o processo possa ser realizado com segurança,
de forma que a compostagem tem tido grande êxito
em ações
de educação ambiental associadas com jardinagem e
agricultura urbana, como forma de empoderar pessoas na reprodução
do ciclo da matéria orgânica e mudança
de sua visão e relação com resíduos de modo geral (12).
A compostagem do resíduo orgânico é um processo natural de decomposição que transformar as sobras de material orgânico em adubo de primeira qualidade. Porém, é importante conhecer o que não se deve colocar na composteira doméstica, seja ela com minhocas ou não. Alguns alimentos e materiais podem causar desequilíbrio químico no interior das caixas de compostagem, o que pode atrair pragas indesejadas, mau cheiro e prejuízo as plantas. Confira aqui como usar uma composteira domestica.
Ter e fazer a
sua própria composteira em casa não requer de muitos investimentos
financeiros, nem de espaço e nem de mão
de obra qualificada, mas as principais habilidades são
iniciativa e consciência ambiental. AQUI e AQUI você poderá aprender como compostar em casa usando
baldes e ainda poderá se divertir e impactar positivamente outras pessoas e o
meio ambiente.
O hábito de separarmos os nossos
resíduos domésticos e darmos um destino correto, seja ele a reciclagem ou
compostagem, não elimina a responsabilidade do poder público. O que de fato devemos perceber é que o gerenciamento dos resíduos
sólidos só será
verdadeiramente eficiente se houver ações conjuntas e sustentáveis entre nós e os nossos governantes.
Referências:
1-
dinamicambiental/reciclagem/lixo-residuo-e-rejeito-qual-a-diferenca > Acessado em: 02/12/20
2-
vgresiduos.com.br/blogdiferenca-entre-lixo-residuo-rejeito. >Acessado em: 02/12/20
3- Resíduos Sólidos Youtube
4- Brasil
(2010). Disponível em: Planalto.gov.br/htm>
Acessado em: 02/08/20
5- Praticas Sustentáveis.
Acesso em 26 nov. 2020
6- vgresiduos.com.br Acesso em 26 nov. 2020
7-
Barros, H.S.;
Souza, F. L. de; Souza, J. de. (2016)
Gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares em Mossóro/RN: elaboração
de uma cartilha educativa. GEOTemas, v.6, n.2, p.110-123.
8- 15 dicas para separar seu lixo: corumbaconcessoes.cartilha
9- Como separar o seu lixo em casa #TransformeSuaCidadedeCasa youtube
10- Cartilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos corumbaconcessoes
11- Como fazer a gestão de resíduos em casa youtube
12- Brasil
(2017). Disponível em: <mma.gov.br>
Acessado em: 03/08/20
Texto:
Larissa Albunio Silva e Crisleine Brito Pereira
Organização: Fernanda de Freitas
Borges
Desenvolvimento: Comunicação Fatec Jaboticabal
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