Economia 4.0 e tendências de mercado
Neste tipo de economia o real e o digital
se misturam, alinhando-se à tecnologias disruptivas (saiba mais em Runrun.it). O mundo vive a
quarta revolução industrial conhecida como indústria 4.0. A primeira veio com a
máquina à vapor, a segunda com a eletricidade, a terceira com a automação e a
última com as novas tecnologias, como robótica, novos materiais (por exemplo o
plástico), armazenamento de energia e big data. Todas elas moldaram a economia
e não será diferente agora. As empresas tecnológicas estão cada vez mais
ganhando mercado no lugar das tradicionais empresas de consumo e os impactos
podem ser sentidos para aquelas que não estão preparadas. Para terem
competitividade necessitam ter alguns elementos-chave, como impacto abrangente na
sociedade com acesso a novos consumidores, estratégia a longo prazo alicerçada
na sustentabilidade, talento para gerenciar as informações e as ferramentas e a
aplicação de novas tecnologias nos modelos de negócios.
Apenas com a eficiência no novo modelo
ocorrerá a diminuição de resíduos e de gás carbônico e para isso, as novas
indústrias precisam usar matérias-primas de forma mais racional e implementar
medidas de reuso e reciclagem mais eficazes. A economia está alinhada com os
princípios da sustentabilidade, porém é preciso mudar o paradigma do
crescimento e adotar o desenvolvimento como pilar. Para as empresas, algumas
ações podem ser adotadas para alcançar este objetivo, como gestão ambiental,
economia de energia e consumo consciente (Confira mais em Moove.eco).
A substituição da economia linear pela
circular traria um grande impacto positivo no meio ambiente e nas nações. Esse
novo tipo de economia abrange aumentar a vida útil dos materiais e produtos ao
longo de seus ciclos e o reaproveitamento de seus resíduos, em contraponto ao
modelo linear, que visa somente extrair, transformar e descartar. Além disso, a
economia circular envolve diversos grupos de populações, como pequenos
comerciantes locais e agricultores familiares, fortalecendo o pequeno e o
local. Já a economia linear se baseia nas grandes commodities e no PIB como
parâmetro de crescimento e não leva em consideração o desenvolvimento local e a
qualidade de vida da população. Felizmente cresce o número de consumidores que
optam por produtos e serviços sustentáveis, que se diferenciam quanto à
responsabilidade socioambiental, desde a fabricação até a destinação final pós
consumo. Grandes organizações têm adotado ações de economia circular como a
logística reversa e, por outro lado, muitos consumidores procuram produtos que
possuem certificações de rastreabilidade de qualidade ambiental.
Apesar de estarmos na “era 4.0” e a
transformação digital parecer mais “limpa” que os moldes anteriores, esta pode
ser ainda mais nociva e difícil de ser controlada dependendo de como é
trabalhada. A nova indústria estimulará cada vez mais a produção de componentes
eletrônicos que podem gerar toneladas de resíduos tóxicos se não manejados de
forma correta ou serem reaproveitados em novos processos. Neste sentido a
economia circular pode ser uma alternativa para o desenvolvimento com foco nos
benefícios ambientais e sociais. A associação entre a indústria 4.0 e a
economia circular envolve stakeholders da cadeia produtiva e gera
oportunidades de trabalho e renda. Veja mais em Fispal Tecnologia.
Alguns países já estão investindo em
“negócios verdes” com modelos menos predatórios e economia decrescente,
principalmente após a crise da pandemia. A Alemanha priorizará investimento em
tecnologias limpas e energias renováveis para a proteção do clima e defende que
os governos atraiam investimentos do setor privado através dos mercados
financeiros internacionais para financiar uma mudança de economia favorável ao
clima (Confira Conexão planeta). Já a Holanda
projeta ações futuras para uma economia mais solidária e menos predatória. O
governo prevê aplicar um modelo econômico inspirado em um estudo da
Universidade de Oxford que tem como princípio “prosperar em equilíbrio com o
planeta”. Dentre outros detalhes, o estudo propõe investir em setores que devem
crescer, como a produção de energias limpas, e outros setores que devem
decrescer radicalmente, como a do petróleo, e transformar a agricultura para a
forma regenerativa ou invés de destrutiva. Saiba mais em Rede Brasil Atual.
Há também o modelo de economia criativa,
em que se busca conectar tecnologia, inovação, cultura e sustentabilidade. Seu
objetivo é unir economia com criatividade através do capital intelectual e de
valores simbólicos. Neste tipo de modelo as indústrias criativas são
classificadas nos eixos patrimônio, artes, mídia e criações funcionais (Veja em Politize.com.br) e cada eixo em
setores. Em alguns países este modelo já está bem difundido, como nos Estados
Unidos, França e Inglaterra e, no Brasil, vem crescendo o número de pessoas com
ocupações criativas em empregos formais e informais.
Em suma, as novas tendências econômicas,
diferente do modelo tradicional (linear), buscam o desenvolvimento sustentado com
foco na melhoria do meio ambiente e da sociedade, sendo importante ter uma
visão holística e “pensar fora da caixa”.
Profa. Fernanda de Freitas Borges.
Imagem 01 - Site Empresas & Cooperativas
Imagem 02 - Site :
pimealdia.org
Desenvolvimento - Comunicação Fatec Jaboticabal
Texto - Fernanda Borges
Texto - Fernanda Borges
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